
O debate sobre “conflito de gerações” costuma simplificar o que é, na verdade, um choque de expectativas e contextos.
A pesquisa Deloitte 2025 Gen Z & Millennial Survey mostra que 77% dos jovens priorizam o bem-estar e o equilíbrio de vida na escolha de empregos, enquanto profissionais mais experientes ainda valorizam estabilidade e propósito institucional. Essa diferença de valores, quando mal gerida, vira ruído — mas pode ser transformada em vantagem.
Onde nascem os conflitos?
- Estilos de comunicação: gerações mais jovens preferem feedback constante; gerações anteriores valorizam rituais formais.
- Ritmo de crescimento: jovens buscam progressão rápida; seniores priorizam profundidade e legado.
- Visão sobre tecnologia: não é sobre idade, e sim sobre exposição e contexto.
- Modelos mentais sobre sucesso: de status e cargo para propósito e autonomia.
O estudo Managing the Multigenerational Workforce (Deloitte) aponta que organizações que promovem interação intencional entre gerações têm 2,5 vezes mais probabilidade de alcançar alta performance em times híbridos.
Estratégias para transformar conflito em colaboração
- Mentoria reversa: jovens apoiam com tecnologia e tendências; seniores compartilham experiência estratégica.
- Design de feedback híbrido: check-ins contínuos e conversas de carreira estruturadas.
- Projetos intergeracionais: squads mistos resolvendo desafios reais.
- Flexibilidade personalizada: diferentes trajetórias de carreira e formatos de trabalho.
- Cultura inclusiva: evitar estereótipos etários e promover escuta ativa.
Dados do mercado brasileiro
Segundo a ABTD – Panorama do Treinamento no Brasil 2024, empresas que implementaram programas de mentoria intergeracional relataram aumento de 23% no engajamento e queda de 12% no turnover de jovens talentos.
Além disso, estudos da Gallup reforçam que equipes com diversidade de idade tendem a apresentar maior inovação e satisfação interna.
Conclusão
O conflito de gerações é um sintoma de processos e culturas que não foram desenhados para a diversidade.
Organizações que redesenham o trabalho com base em empatia e aprendizagem intergeracional constroem times mais colaborativos, criativos e produtivos.
Na Flow Group Brasil, acreditamos que o diálogo entre gerações é o motor da cultura em movimento — e que, quando cada pessoa entra em flow, a empresa inteira cresce.
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