Olhares atentos, câmeras ligadas!

Abre câmera, fecha câmera, falha áudio, trava a tela, volta a câmera, todos animados, respostas no chat, intervalo, volta um, voltam dois, conversa vai e vem, falam dois, ninguém entende, fala um, fala o outro, todos se entendem. A dinâmica pode até ser diferente, mas a fluidez acontece do mesmo jeito, ao vivo ou online. Hoje, mais de sete meses depois, podemos dizer que o objetivo tem sido cumprido!

Adaptamos todos os nossos programas para o ambiente virtual criando ferramentas que atendessem o que acreditamos desde o início: propostas humanizadas e personalizadas para cada tipo de necessidade. Mas como humanizar à distância? Uma das desenvolvedoras de treinamento da FLG no Brasil conta que no início da quarentena o desafio era usar a ferramenta a favor da agilidade. “Fizemos muitos testes de plataforma e aprendemos os mecanismos para continuar usando a música que usávamos na sala de treinamento, a troca entre duplas e trios, que também era habitual no presencial, e aos poucos estávamos num ambiente muito próximo ao que estávamos acostumados, separados apenas pela tela”, conta Bárbara Gola, que já atua há mais de 10 anos nesta área.

No online há o estímulo luminoso que nos faz piscar menos os olhos, causando um cansaço maior já comprovado por muitos estudos, mas, por outro lado, não há o tempo estressante no trânsito, por exemplo. Entre vantagens e desvantagens, o que os especialistas em comportamento estão apostando é numa adaptação natural.

“Vai chegar o momento em que vamos esquecer se estávamos ao vivo ou na tela. Minha experiência tem comprovado uma capacidade de compreensão do outro na mesma proporção à distância. A única coisa que peço é: estejam presentes! Ao ver a participação, pela câmera aberta, pelo microfone ou pelo chat, a troca é outra!”