Tudo fora do lugar, ideias em total desarmonia, confusão, desordem. Todas essas são definições de “caos” que se encaixam com precisão ao que o mundo começou a viver em março de 2020. A imprevisibilidade de um vírus que deixaria pessoas em casa e uma “máquina mundial” funcionando em novo modus operandi segue impactando indivíduos e processos coletivos. Mas para lidar com o desconhecido, aprendemos a caminhar diferente e chegamos a um outro momento, de certa forma adaptados, aguardando uma resolução ainda distante, mas reconhecendo vitórias e uma certa normalidade.
Segundo a mitologia, o caos é um vazio primordial de caráter informe, ilimitado e indefinido, que precedeu e propiciou o nascimento de todos os seres e realidades do universo. Por que não olhar também por este aspecto? Evoluir a partir da desordem? É assim que líderes devem encarar o que está por vir. Aprender com o que nos faltou: presença, olho no olho, rotina, controle. E inovar com o que veio: tecnologia aprimorada, relação de confiança e adaptabilidade, empatia na prática.
É comum perguntarmos em nossos treinamentos: faz sentido para você? Estar confortável para guiar e ser guiado talvez seja a chave mestra de um bom relacionamento, profissional ou na vida de forma geral. Diante das incertezas, um líder deve enxergar seu time individualmente. O engajamento e capacitação da alta liderança passa por experiências focadas em: entender, explorar e materializar. Os papeis e responsabilidades de cada um mudam pouco com a nova vida, em pandemia ou pós-pandemia, e a conexão com propósitos segue como objetivo maior, mas agora, ponderando a vivência de cada um. É importante estar atento ao impacto individual e ajudar neste processo.
Respondendo à pergunta do título, o papel de um líder, mais ainda em tempos de caos, está em gerar segurança, mesmo sem enxergar exatamente o fim da desordem. Se fosse um túnel escuro, o bom líder estaria com a lanterna.
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