Estamos chegando ao fim de 2022 e alguns temas seguem acompanhando a vida e os pensamentos de profissionais e empresas dos mais diversos setores: saúde mental, burnout e como criar ambientes corporativos mais saudáveis e estáveis. Como avançar a discussão e aplicar aprendizados para vencer esses desafios?
2022 fica marcado como o ano em que a saúde mental dos profissionais foi fortemente afetada e muito analisada. Logo em janeiro, o burnout foi incorporado à lista de doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS); e em setembro, uma pesquisa do mesmo órgão mostra que cerca de 15% dos trabalhadores adultos vivem com um transtorno mental.
O que nos levou a esse momento?
Neste texto, vamos dialogar sobre as cinco principais causas do burnout partindo de um estudo da Gallup. E logo de cara, vale ressaltar: o agravamento das síndromes ocupacionais (aquelas relacionadas ao trabalho) tem menos a ver com a carga horária, e mais com a qualidade do ambiente e cultura organizacional que cada empresa possibilita.
Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico causado por condições de trabalho desgastantes, sejam elas físicas, emocionais e/ou psicológicas. Ele é sentido como um profundo esgotamento e um estado de stress e tensão emocional crônicos.
Este é um ponto que gera divergências nas discussões em redes sociais, mas que possui uma resposta bastante objetiva e consolidada. A síndrome de burnout não é causada por uma limitação pessoal do colaborador. Ela é responsabilidade da empresa e resultado dos múltiplos fatores que formam sua cultura.
Aliás, a inclusão da síndrome na lista da OMS (movimento feito também por organizações internacionais de saúde), oficializa esse ponto, pois torna a síndrome uma questão de saúde pública, e não individual.
Diferente da visão muito comum entre empresas e colaboradores, a carga de trabalho não é o único fator que leva ao burnout – e, portanto, não é o único elemento que precisa ser analisado e alterado para criar ambientes e relações de trabalho mais saudáveis.
Um estudo recente da Gallup constatou que a carga horária influencia, sim, a saúde mental dos colaboradores, mas como as pessoas experienciam suas cargas de trabalho têm uma influência mais forte na ocorrência do burnout do que as horas trabalhadas.
CARACTERÍSTICAS QUE LEVAM AO BURNOUT
Quando colaboradores se sentem constantemente tratados de forma injusta, eles têm 2,3 mais chances de viver altos níveis de burnout.
Ambientes Flow são o oposto de ambientes tóxicos de trabalho, que possuem as características listadas acima.
Flow é um termo criado pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi para descrever uma experiência ideal, um momento em que o desafio é tão grande quanto a habilidade de completá-lo.
Uma cultura empresarial que possibilita mais momentos Flow é uma cultura que respeita os colaboradores e evita tanto o burnout como todas as síndromes ocupacionais.
Essa cultura deve ser construída sobre alguns pilares:
O volume de demandas sempre irá influenciar, em alguma medida, a qualidade do trabalho e a qualidade de vida de cada indivíduo. Mas para além da carga de trabalho, é possível criar culturas e ambientes corporativos que possibilitem o bem-estar dos colaboradores e, consequentemente, resultados sustentáveis para as empresas.
O princípio mais fundamental da metodologia Flow é justamente construir esses ambientes em que os desafios são proporcionais às condições de solucioná-los. Neles, as atividades diárias e os negócios fluem de maneira mais leve e assertiva a caminho dos resultados!
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