O trabalho emocional de ser um líder
Líderes são os representantes da empresa para sua equipe – e representantes de sua equipe para o alto escalão da empresa. Com isso, suas atividades e habilidades relacionais são tão importantes quanto as atividades e habilidades técnicas. Muitos gestores de recursos humanos já entenderam esse equilíbrio e valorizam cada vez mais as soft skills em suas lideranças. Mas você já parou para pensar em todo o trabalho emocional que se acumula para esses profissionais?
Uma pesquisa sugere que os líderes realizam um trabalho emocional com tanta frequência quanto aqueles trabalhadores da linha de frente, que atendem diretamente consumidores finais e que precisam estar sempre “com um sorriso no rosto”.
Isso se deve à influência dos líderes sobre os humores de grupo e estados emocionais – elementos cada vez mais críticos para a retenção de talentos e produtividade de equipes.
O que se espera de um líder
Um artigo da Harvard Business Review lista uma série de responsabilidades que boa parte das empresas contemporâneas demanda de seus líderes.
Entre elas, estão:
- Cuidar da saúde física e mental das pessoas de sua equipe;
- Cuidar da própria saúde física e mental;
- Demonstrar sensibilidade e empatia;
- Oferecer oportunidades de flexibilidade de modelo de trabalho;
- Gerenciar resultados financeiros;
- Superar desafios de contratação e retenção de talentos.
E todas essas demandas se somam ao trabalho técnico que se espera de cada um. Lideranças de times comerciais, por exemplo, precisam garantir bons indicadores comerciais, excelência na atuação dos vendedores e inovações com foco em resultados.
Tudo isso pode gerar esgotamento e problemas de saúde para os líderes, além da queda de produtividade e alto turnover para as empresas.
Como evitar que essa conta chegue? Nós temos algumas sugestões.
Reconheça o trabalho emocional como trabalho
O desafio aqui começa em identificar o problema. Afinal, a tendência é que os líderes ignorem ou escondam seu desgaste emocional, seja por timidez, por receio de não ser compreendido ou até mesmo por considerá-lo desimportante.
Para mudar isso é preciso apoiar os líderes na compreensão de que trabalho emocional é trabalho e estimulá-los a expressar como se sentem e pedir ajuda quando necessário. Mas como?
Um possível ponto de partida é avaliar a cultura de sua organização. Essa cultura incentiva a autenticidade? Possibilita ambientes seguros onde os funcionários confiam que podem compartilhar seus desafios e até mesmo seu cansaço sem serem rotulados?
Pode ser difícil avaliar a cultura e, se preciso, desenvolvê-la – mas não encarar o desafio pode gerar uma bola de neve. A boa notícia é que nenhum setor de recursos humanos precisa fazer isso sozinho. Existem consultorias especializadas que atuam junto à empresa para acelerar e facilitar esse processo. É o caso da Flow. Se você e sua empresa estão nesse momento, pode mandar uma mensagem para nós!
Promova a autocompaixão de cima para baixo
A autocompaixão pode ser definida como a capacidade de tratar a si mesmo com gentileza e aceitação. Já existe uma série de pesquisas (como essa) que provam que os líderes que praticam a autocompaixão têm maior inteligência emocional, resiliência e integridade.
Essas pesquisas confirmam também que líderes auto compassivos ajudam mais outras pessoas com problemas pessoais e profissionais. Além disso, lideranças que mostram vulnerabilidade criam contextos em que outras pessoas se sentem mais seguras para compartilhar.
Promover a autocompaixão no ambiente de trabalho pode parecer uma tarefa abstrata. Mas existem formas bem práticas de atuar nesse sentido.
Uma delas é educar as lideranças sobre os inúmeros benefícios da autocompaixão e as incentivar a praticar a paciência e a compreensão consigo mesmas. Isso ajudará a reduzir o possível desgaste do trabalho emocional tanto para o indivíduo quanto para a empresa.
Ofereça treinamentos de habilidades emocionais para as lideranças
O bem-estar e a produtividade dos times depende, em partes, disso.
Afinal, é importante que os colaboradores se sintam confortáveis para compartilhar suas frustrações, dificuldades e cansaço com o líder – sem isso, o turnover tende a crescer e o rendimento tende a cair. Por outro lado, é preciso preparar as lideranças para lidar com as emoções dos outros sem absorvê-las para si.
A dica aqui é oferecer treinamentos para que os líderes desenvolvam capacidades emocionais e, com isso, sintam-se menos esgotados por seu trabalho emocional.
Concluindo…
Por fim, vale destacar o que citamos lá no começo do artigo: trabalho emocional é trabalho e sua demanda só aumenta. É preciso oferecer educação, treinamento e apoio adequados para preparar os líderes para essa exigência.
A Flow também pode ajudar com isso. Se quiser conversar sobre o desenvolvimento emocional de suas lideranças, pode entrar em contato com a gente. Nosso time de especialistas está sempre pronto para trocar ideias sobre o tema e criar soluções para os seus desafios!