Como medir os avanços em diversidade e inclusão em sua empresa?
A luta pela diversidade e inclusão não é recente. Nos últimos anos, porém, ela vem ganhando mais atenção. Ao passo que a diversidade é cada vez mais reconhecida, a consciência sobre a necessidade por inclusão também ganha força. Graças a isso, mais e mais pessoas vêm tendo a voz e o espaço que merecem. Isso, obviamente, afeta o mercado de trabalho. As empresas também demonstram uma preocupação crescente em serem inclusivas, então muitas delas se mostram receptivas e abertas.
Mas como saber se elas de fato são? Infelizmente, considerar-se receptivo não é o bastante para mudar a estrutura de uma organização. De fato, muitas pesquisas evidenciam o contrário:
Um estudo conduzido na Nova Zelândia, por exemplo, aponta que mais de 15% dos funcionários muçulmanos relataram um nível moderado de racismo no trabalho. Para quase 5%, esse nível foi alto.
Além disso, outro estudo registrou que 73% das mulheres pesquisadas relataram que sofrem discriminação diariamente em ambientes profissionais. Para a comunidade LGBTIQA+, uma pesquisa constatou que 38% dos funcionários LGBTIQA+ entrevistados já sofreram assédio em seus empregos.
A diversidade e a inclusão funcionam juntas. Mas um local diverso não é necessariamente inclusivo. Quando se reconhece e celebra a diversidade, isso pode levar a uma cultura inclusiva. Mas não é uma consequência óbvia. Uma empresa pode se considerar receptiva, mas isso não garante que seus funcionários receberão um tratamento justo.
Por isso, medir os avanços em diversidade e inclusão na sua empresa é tão importante.
Medindo a diversidade e a inclusão na sua empresa
É impossível desencadear mudanças reais se não se sabe qual a situação da sua empresa e como ela está progredindo. É aí que entram as métricas de diversidade e inclusão. É preciso estar com os dados sempre à mão.
Mas, antes de mostrarmos para você algumas dessas principais métricas, devemos chamar atenção para uma particularidade importante.
Em grande parte dos casos, podemos identificar facilmente a diversidade de um espaço, mas a inclusão é muito mais difícil. Além disso, a falta de diversidade é frequentemente o sintoma para um problema maior que deverá ser melhor avaliado.
As métricas nem sempre mostrarão resultados de entendimento imediato. Algumas delas não são tão simples de ler quanto as linhas em um gráfico ou os números em uma tabela.
No fim, será necessário monitorar, investigar e colocar em prática conversas cuidadosas com os funcionários. Ouvir é essencial.
Como lidar com os dados coletados
As métricas usadas podem ser bastante objetivas e reunir os dados demográficos de contratação, por exemplo. Mas elas também podem apresentar dados mais complexos, como satisfação dos funcionários. Como vimos, muitas vezes o problema não vai aparecer com clareza tão rapidamente.
Se um departamento, por exemplo, apresenta uma falta significativa de diversidade em suas contratações, isso pode indicar práticas discriminatórias por parte de indivíduos, mas não em toda a empresa. Outro exemplo é a falta de representação minoritária na liderança. Isso pode refletir um processo de recompensa ineficiente. Mas também pode refletir uma cultura indesejável ou preconceito por parte daqueles que tomam as decisões.
Além disso, a discriminação também pode se apresentar de maneira velada. Principalmente quando as pessoas agem sem ter plena consciência de seus preconceitos. Eles podem estar arraigados e influenciando suas percepções e ações. Isso faz uma enorme diferença em como as minorias são afetadas no local de trabalho. Mas, por ser algo mais “sutil”, não é tão fácil de identificar quanto um ato explícito de bullying.
Por isso é crucial investigar a fundo os dados coletados. Para que possamos sair da superfície que mostra uma empresa aparentemente inclusiva.
Dito isso, vamos agora às métricas propriamente ditas.
Principais métricas de diversidade e inclusão
- Retenção de funcionários: ajuda a verificar se sua empresa apresenta taxas de retenção semelhantes entre os diferentes grupos que emprega.
- Recrutamento e seleção: possibilita comparar que tipos de pessoas se candidatam a um emprego na sua empresa e aquelas que efetivamente são contratadas.
- Promoções: permite averiguar se todos têm oportunidades iguais de progredir na empresa.
- Salários: indica se os salários são justos ou não entre os diferentes grupos.
- Envolvimento e satisfação dos funcionários: dá acesso ao que os funcionários pensam quanto à inclusividade na empresa. Eles estão satisfeitos?
- Entrevistas de desligamento: proporciona a possibilidade de entender o que motiva a saída de funcionários da organização. A falta de diversidade e inclusão são uma razão?
- Employer branding: leva à melhor compreensão de como as pessoas enxergam sua empresa como um lugar para trabalhar.
- Diversidade de clientes: ajuda a entender se você está atraindo uma base de clientes diversificada.
Escolha as que fazem mais sentido, avalie cada uma delas com cuidado e vá além daquilo que mostram os números!
Se você está comprometido com a diversidade e a inclusão, mas não sabe por onde começar…
Confira nossa blog sobre como construir diversidade e inclusão em empresas. Ele pode te ajudar bastante.
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