liderança ágil

Liderança ágil: potenciais, limites e contextos

A liderança ágil sempre existiu. Mas o conceito se tornou mais concreto por meio do Manifesto Ágil, assinado em 2001. 17 nomes influentes no mercado de TI, que já praticavam a liderança ágil em suas organizações, decidiram reunir essas práticas em um documento e divulgá-las. A ideia era acelerar um mercado de software que não conseguia acompanhar os avanços tecnológicos da época. Afinal, naquele momento, se estava ainda muito apegado a abordagens de gestão tradicionais e pouco eficientes. O Manifesto Ágil buscou espalhar novos valores e princípios essenciais para transformar o trabalho com a tecnologia.

Atualmente, porém, a liderança ágil não se limita ao setor tecnológico. Ela passou a significar um estilo geral de gestão focado na flexibilidade, adaptabilidade e melhoria contínua. Para o líder, isso significa ter a capacidade de lidar com complexidades maiores, abraçar a mudança e, principalmente, capacitar suas equipes para agir ativamente nesses cenários. Assim, todos podem tomar decisões e dominar plenamente suas funções.

Vemos que se trata não apenas de formar líderes capazes de comandar. Mais do que isso, trata-se de formar líderes capazes de empoderar as pessoas. E isso é essencial, já que são elas que levam um negócio adiante. Uma pesquisa realizada pela Hubspot evidencia isso: os funcionários são 30 vezes mais dedicados a seus trabalhos se seus líderes demonstram interesse real em seu bem-estar e sucesso.

Por isso, caso a motivação em uma empresa esteja baixa, a liderança ágil pode ser também a resposta.

A liderança ágil e as suas possibilidades

Tomada de decisões

Uma das principais potencialidades trazidas pela liderança ágil é a maneira como as decisões são tomadas. Líderes ágeis são hábeis em coletar informações e analisar dados. Isso faz com que sejam muito bons em tomar decisões com velocidade.

Nesse sentido, a colaboração com funcionários capacitados é muito útil. Já que a inteligência coletiva da organização pode ser explorada com eficiência. Assim, em conjunto com uma equipe proativa, chega-se a decisões com rapidez, mas também com mais assertividade e alinhamento às necessidades do negócio.

Agilidade e flexibilidade

Os líderes ágeis não são apenas capazes de tomar decisões rapidamente. Sua agilidade dita o ritmo geral da organização. Isso permite que ela se adapte a mudanças com rapidez e eficácia. Consequentemente, novos desafios e oportunidades são melhor encarados, de modo a gerar resultados mais proveitosos.

Do ponto de vista dos funcionários, essa adaptabilidade à mudança permite que se tenha como foco a melhoria e aprendizado contínuos. Com isso, a liderança ágil pode criar uma cultura de inovação e experimentação que permite que as equipes pratiquem e melhorem processos e produtos de maneira contínua.

Envolvimento e empoderamento

A liderança ágil também envolve e empodera através da autonomia concedida aos funcionários. Cada colaborador torna-se mais dono de seu trabalho e sente um senso maior de propósito. Eles percebem como podem contribuir para o sucesso da organização para a qual trabalham, ao mesmo tempo em que notam seu próprio crescimento.

Essa combinação é perfeita para motivar e impulsionar o desempenho e a produtividade.

Relacionamento com os clientes

Construir relacionamentos duradouros com clientes é o objetivo de toda empresa de sucesso. A liderança ágil também pode ajudar com isso. Afinal, produtos e serviços mais alinhados às expectativas do cliente são proativamente desenvolvidos com a contribuição de todos. Como resultado, temos o foco voltado para a entrega de valor e para o atendimento das necessidades do consumidor. Criando uma experiência de compra bem mais positiva.

Resiliência e competitividade organizacional

Por fim, a mudança e inovação crescente desencadeadas por uma liderança ágil proporcionam o cenário ideal para que as empresas se mantenham à frente. Tendo vantagem competitiva em um mercado que está sempre em rápida evolução.

Esse tipo de liderança é fundamental para impulsionar transformações. Tal como a transformação digital (uma exigência na atualidade). Dessa forma, as empresas passam a ser mais resilientes e capazes de se adaptar e prosperar.

Os desafios de uma liderança ágil

Até agora vimos, então, que o potencial da liderança ágil é imenso e altamente desejado. Mas essas são apenas possibilidades. Infelizmente, na prática a liderança ágil pode encontrar limitações. E nós não poderíamos deixar de falar sobre elas.

A metodologia tradicional de liderança geralmente envolve a construção de um cenário de trabalho mais seguro. Com um planejamento inicial já detalhado. Um trabalho composto por etapas já estabelecidas. Um cronograma, orçamento e escopo fixos. Um gerente que comanda o projeto. O trabalho individual de cada funcionário etc.

A liderança ágil, por outro lado, envolve justamente o oposto de tudo isso. E essa característica imprevisível costuma assustar. Mas não tem jeito. Essa metodologia exige que se aprenda a lidar com a inconsistência. Como resultado, essa limitação leva à:

  • falta de prazo garantido para alcançar os objetivos e requisitos necessários para a conclusão de um projeto;
  • ausência de uma única pessoa responsável por ele;
  • dificuldade em prever com precisão o custo, tempo ou recursos necessários para um projeto, uma vez que as equipes nem sempre saberão qual será o resultado final que ele terá;
  • dificuldade de manter o foco por parte da equipe, já que não há um processo fixo a ser seguido;
  • necessidade de colaboração em vez de trabalhar de maneira independente — algo difícil de se manter por muito tempo.

Por isso, acaba sendo imprescindível se sentir confortável em não saber tudo de antemão.

Implementando a liderança ágil

De acordo com uma pesquisa trazida pela Harvard Business Review (HBR), muitas companhias não são verdadeiramente ágeis. São apenas parcialmente. Os dados apontam que 44% delas contam com práticas ágeis somente na equipe de desenvolvimento, enquanto que 41% dizem que essas práticas se limitam às operações de TI,

Uma liderança ágil, porém, não deve priorizar unicamente departamentos de tecnologia como era inicialmente. Segundo a HBR,

“As empresas precisam de agilidade em toda a organização, e uma empresa verdadeiramente ágil precisa que todos os departamentos — de pesquisa e desenvolvimento a vendas e marketing, produtos e operações e até mesmo RH e finanças — adotem uma mentalidade ágil.”

Há, portanto, um mal entendido quanto ao real papel da liderança ágil. Sua aplicabilidade é geral. Tornar-se um líder ágil exige muitas vezes uma profunda transformação cultural. E o incentivo engloba todos os funcionários, e não apenas um grupo específico.

Líderes ágeis são responsáveis por criar um ambiente ideal, capaz de conectar as pessoas à organização e ao seu propósito de trabalho. Boas ideias surgem quando o aprendizado e o desenvolvimento são encorajados. A tomada de decisões passa a estar ao alcance de todos.

Mas e você? Como está se saindo com a liderança da sua empresa?

Caso não esteja muito confiante, consultar um especialista pode ser a melhor solução. Afinal, a liderança ágil, por exemplo, envolve uma transformação profunda, e isso nem sempre desperta segurança para se encarar sozinho. Um especialista analisa o caso específico da sua empresa junto com você para alcançar a melhor decisão.

Então não hesite em dar esse passo importante. Nós do Flow Group podemos te ajudar com isso. Temos muita experiência em projetos de liderança! Basta entrar em contato que faremos o possível para encontrar a melhor solução junto com você.

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