Guilherme Lima – Uma das definições do dicionário Michaelis da palavra autêntico é “que não é falso ou imitativo; original”.
Partindo desse pressuposto, uma pessoa autêntica seria uma pessoa original, que não imita os outros e que não é falso. Mas, é possível ser assim, dentro do contexto corporativo, onde se fala sobre missão, visão e valores ou mesmo sobre fit cultural?
A resposta é SIM!
Quando falamos do ambiente corporativo, é necessário também olhar sobre quem compõe a organização: pessoas! E cada uma delas traz seus valores, ideias e referências que conversam diretamente com a cultura da empresa. Justamente por esse fator, é importante reconhecer que pessoas são parte estratégica de um negócio.
Agora voltando para o assunto de autenticidade, é importante dar um passo atrás e entender as motivações individuais e pessoais de cada pessoa: não à toa, Maslow categorizou as relações sociais como o terceiro integrante das necessidades humanas. Faz parte da natureza humana se sentir integrado à algum grupo, propósito ou algo que permite se conectar com o outro. Passamos a vida toda querendo fazer parte de algo: o famoso “Senso de Pertencimento” tanto falado dentro das organizações. Quando no ambiente corporativo, o colaborador sente-se parte da equipe, totalmente integrado, com nitidez e foco da direção a ser tomada, a tendência é que os colaboradores fiquem mais engajados, assertivos e focados. E nesse sentido, a autenticidade se torna crucial para fazer isso acontecer.
Pode-se resumir autenticidade como capacidade de respeitar suas próprias necessidades e limitações, sem qualquer tipo de julgamento, sendo verdadeiro e legítimo para si mesmo e também com os outros. Agora imagine você trabalhando em um lugar em que você não pode ser você, onde sua energia é gasta não em suas entregas, mas sobretudo no personagem que você cria de si mesmo para atender as expectativas que não são suas, mas dos outros e assim ser aceito e reconhecido: isso te cansaria? Essa é uma das realidades possíveis que muitas pessoas enfrentam, principalmente minorias como mulheres, gays ou PCDs.
Mas como cultura, pessoas e autenticidade se conectam? Cultura enquanto direcionador estratégico de um negócios, pessoas enquanto integrantes da companhia e autenticidade como fator individual para que pessoas possam entregar seus melhores resultados se permitindo ser criativo, diverso e único naquilo que se faz.
Brené Brown cita em seu livro A Coragem de Ser Imperfeito que “[..]é preciso coragem para ser imperfeito. Aceitar e abraçar as nossas fraquezas e amá-las. E deixar de lado a imagem da pessoa que devia ser, para aceitar a pessoa que realmente sou.[…]”, exemplificando que é necessário ter um olhar mais inclusivo para si, mesmo com fraquezas, reconhecendo suas vulnerabilidades para ser quem se é e dessa forma conectar não apenas consigo, mas com o outro e também com a companhia. E embora isso possa exigir doses de coragem diárias, acaba sendo benéfico para todos.
E agora, você topa participar de uma jornada mais autêntica, corajosa e inclusiva?
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